LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS: RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA NA DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS PÓS-CONSUMO
Devemos entender que com a implementação de uma rígida legislação ambiental e também por grande influência da sociedade, que está cada vez mais exigente com a preservação dos ecossistemas, a logística reversa de embalagens surge com o intuito de minimizar os impactos ambientais gerados pela má administração dos resíduos sólidos, seja pelo viés da geração desnecessária, ou pela má destinação.
Já vimos aqui no Blog da Polen algumas matérias sobre esse tema, mas afinal no que consiste esse processo da logística reversa?
Em resumo a logística reversa de embalagens nada mais é que um conjunto de ações que promovem a destinação dos resíduos sólidos para reaproveitamento em novos ciclos produtivos, como a reciclagem, ou para oferecer outra destinação final ambientalmente adequada.
A reciclagem desses materiais é uma prática recomendada pela política nacional de
resíduos sólidos (PNRS) desde 2010, conhecida como Lei N.º 12.305/2010. Mas que
começou a ser obrigatória à partir do Decreto Presidencial 9177/2017 em todo
território nacional.
De acordo com a Seção II Art.30. da Lei nº 12.305/10, sobre Responsabilidade Compartilhada:
“É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos previstos…”
SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA VIABILIZAR ESSE PROCESSO
Sabemos que junto com essa responsabilidade, surgem diversas dúvidas e dificuldades das organizações em viabilizar os processos de logística reversa de embalagens. Com o uso de novas tecnologias algumas empresas, as chamadas cleantechs, criaram plataformas online para facilitar esse processo, tanto do ponto de vista operacional como do ponto de vista de comprovação para os órgãos fiscalizadores.
Existem opções inovadoras nesse setor, um deles, premiado e reconhecido nacional e internacionalmente, é o crédito de logística reversa com infraestrutura baseada na tecnologia blockchain, que é uma ferramenta que torna esse processo ágil, fácil e inviolável em relação à comprovação da destinação dos materiais que lastreiam os documentos comprobatórios da logística reversa de embalagens.
A Polen por exemplo, criou uma plataforma online que faz a conexão entre as organizações que compram, geram ou fazem a gestão destes resíduos, e com essa tecnologia tornou possível calcular, planejar, operar e controlar o fluxo de retorno dos resíduos pós-venda, rastreando esses materiais e remunerando toda a cadeia de custódia destes resíduos.