A sustentabilidade é, cada vez mais, um fator-chave dentro das organizações. Por isso, empresas de todos os portes precisam se adaptar, inclusive as pequenas e médias: o consumidor consciente não faz distinções. A boa notícia é que já existem maneiras acessíveis para todas as organizações entrarem nesse caminho.
No texto de hoje, relembraremos o significado de desenvolvimento sustentável, entenderemos como pequenas empresas cariocas têm se adequado - através de números concretos e depoimentos - e informaremos como sua empresa também pode aderir a esse movimento.
Boa leitura!
A sustentabilidade empresarial e as pequenas empresas
O desenvolvimento sustentável tem sua definição mais famosa no documento Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland, publicado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987. Segundo o relatório, o termo se refere ao “desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.”
Em 1994, o consultor britânico John Elkington cunhou o "tripé da sustentabilidade", reforçando essa ideia nas empresas: além da viabilidade econômica, as organizações deveriam ter como foco práticas ambientalmente corretas e socialmente justas. Segundo o próprio, o sucesso de metas de sustentabilidade não podem ser medidos apenas em lucros e perdas, devendo ser medido também em bem-estar das pessoas e saúde do planeta.
Desde então, o tema evoluiu em diferentes áreas, principalmente no contexto empresarial. Hoje, vemos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas metas empresariais e os critérios ESG - indicadores ambientais, sociais e de governança corporativa - como decisivos na hora de definir investimentos. Não por acaso, Larry Fink, CEO da Black Rock - o maior fundo financeiro do mundo -, tem destacado a importância das empresas contribuírem positivamente para a sociedade.
Entretanto, essa tendência não se aplica somente às grandes companhias com milhões investidos. Além dos inúmeros benefícios para a comunidade e o meio ambiente, o consumidor consciente não faz distinções na hora da compra. As pequenas e médias empresas devem se adaptar, e já existem maneiras acessíveis para essas organizações começarem a trilhar o caminho da sustentabilidade, conforme veremos no próximo tópico.
Logística reversa: um instrumento sustentável para todas as empresas
A logística reversa é prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Sua definição pode ser dada como um conjunto de ações e procedimentos que têm como objetivo coletar e reaproveitar os resíduos sólidos após o descarte do consumidor, fazendo com que os materiais tenham uma destinação correta, seja retornando para o produtor de origem ou para outros ciclos produtivos.
Diferentes categorias empresariais têm a obrigação legal de realizar essa operação. Dentre as opções, fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidoras de embalagens e produtos embalados merecem destaque devido ao alto volume de resíduos gerados após o consumo de suas mercadorias.
A implementação desta prática é sustentável exatamente por ser alinhada com todos os pilares do tripé da sustentabilidade.
Na dimensão econômica, as empresas evitam possíveis passivos ambientais futuros. Os seus produtos também passam a ter esse viés sustentável, apresentando um novo diferencial competitivo e atraindo consumidores cada vez mais engajados. Além disso, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em matéria do Estadão, a cadeia de reciclagem tem um mercado potencial de R$3 bilhões de reais.
No campo ambiental, a logística reversa é uma ótima opção para a redução da poluição e seus respectivos impactos à saúde humana e ao meio ambiente. A estratégia representa um estímulo à reciclagem, redução na exploração da matéria-prima virgem e diminuição na emissão de CO2.
Esse processo também traz grandes vantagens na dimensão social. Quando implementada por sistemas que trabalham com cooperativas, a logística reversa contribui na profissionalização, promove aumento de renda e impacta nas melhores condições de vida dos catadores de materiais recicláveis.
Quando se é uma pequena empresa, pode parecer complexo e custoso realizar a coleta e reaproveitamento de 22% das embalagens comercializadas no mercado - o número exigido por lei. De fato pode ser, dependendo da forma como sua organização for fazê-lo.
Entretanto, um método de implementação muito popular, acessível e regulamentado é o sistema de Créditos de Logística Reversa, desenvolvido a partir de uma lógica de compensação. Através da compra de notas fiscais de cooperativas e empresas de gestão de resíduos referentes a resíduos comercializados com indústrias recicladoras, as organizações comprovam o investimento na cadeia de logística reversa.
Para tornar essa aquisição mais fácil, segura e transparente, a Polen - Solução e Valoração de Resíduos desenvolveu uma plataforma online para empresas de todos os tamanhos comprarem os Créditos. Dessa forma, pequenas, médias e grandes organizações podem promover os benefícios citados acima com simplicidade e baixo custo, aderindo ao movimento da sustentabilidade. Conheceremos a seguir o impacto proporcionado por pequenas empresas cariocas que tem se destacado nesse cenário!
Destaques cariocas da sustentabilidade: Brownie do Luiz, Ginta e Juçaí
A Brownie do Luiz nasceu com o propósito de acreditar que brownies são capazes de transformar vidas. Desde 2005, a alma sempre foi o segredo do negócio, buscando promover mudanças nas relações profissionais e na sua cidade natal - o Rio de Janeiro. Com a Polen, a empresa compensa 100% das embalagens colocadas no mercado anualmente. Em termos numéricos, isso representa a reciclagem de 11,32 toneladas de resíduos de plástico e papel e a prevenção da emissão de 6,33 toneladas de CO2 na atmosfera, além do investimento em 3 cooperativas diferentes.
Luiz Rondinelli, coordenador de marketing e sócio do Brownie do Luiz, afirmou que gosta da parceria com a Polen: “Está sendo bem legal. Já era um namoro que rolava há algum tempo mas, com a pandemia, tivemos que atrasar nosso movimento. Até que recentemente, em 2021, conseguimos consolidar.”
Já a Ginta é uma empresa que surpreende e quebra paradigmas. A obsessão com a qualidade vai além da escolha dos ingredientes para um drink perfeito: se estende à toda a cadeia de produção. Por esse motivo, a empresa resolveu iniciar o processo de compensação de embalagens pós-consumo com a Polen e hoje compensa a totalidade de suas embalagens colocadas no mercado ao longo de um ano, impactando de forma positiva uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis localizada no município do Rio de Janeiro.
Por fim, o Juçaí. Da plantação à venda, da colheita à produção, tudo que a empresa faz é sustentável. Toda a energia dedicada gira em torno de preservar a palmeira-juçara, então esse trabalho não poderia parar depois da entrega do produto. Como a conservação é realmente o foco, reciclar apenas seus resíduos pós-consumo também não seria suficiente, era possível ir além. Dessa forma, através da Polen, a marca co-financia o reaproveitamento de 200% das suas embalagens, ou seja, o dobro do que ela coloca no mercado. Como consequência, mitiga o impacto de 8,41 toneladas de plástico e papel, evita a emissão de 5,02 toneladas de CO2 na atmosfera e financia 1 cooperativa.
A palavra da empresa sustentável
Conforme comentado, Luiz Rondinelli, do Brownie do Luiz, concedeu uma rápida entrevista à Polen sobre a parceria e outras práticas de sustentabilidade da marca. Vale a pena conferir para entender as motivações e ideias que levam uma pequena empresa a investir em sustentabilidade!
Polen: Por que o Brownie do Luiz resolveu investir em sustentabilidade?
Luiz: Sustentabilidade sempre foi uma realidade para a gente, pois, o Luiz Quinderé (fundador da marca) já nasceu numa família de ambientalistas e com essa preocupação latente dentro de casa desde pequeno. Fora isso, não há dúvidas de que para usufruirmos desse mundo que vivemos, precisamos nos conscientizar do nosso papel nele. É impossível vislumbrarmos um futuro sem uma responsabilização das empresas, indústrias e indivíduos na sociedade. Tentamos fazer um pouco da nossa parte.
Polen: Como está sendo a parceria com a Polen?
Luiz: Está sendo bem legal. Já era um namoro que rolava há algum tempo mas, com a pandemia, tivemos que atrasar nosso movimento. Até que recentemente, em 2021, conseguimos consolidar. Ainda é cedo para profundas análises mas admiramos muito todo o trabalho de compensação já realizado pela Polen.
Polen: Além da logística reversa de embalagens realizada com a Polen, vocês investem em mais alguma ação voltada para a sustentabilidade?
Luiz: Fizemos um movimento emblemático na nossa história que foi a "Recicleta", uma fábrica móvel de reciclagem. Basicamente, transformávamos todo o nosso plástico em uma moeda física que proporcionava outras experiências dentro da rede. Foi um projeto muito ambicioso para época, mas foi bem legal poder estar nesse universo.
Iniciativas incríveis, certo? Assim como o Brownie e as outras empresas cariocas que aparecem na matéria, sua empresa também pode investir em sustentabilidade e promover um impacto positivo para o meio ambiente e para a sociedade. Fale com um dos nossos especialistas no formulário abaixo e saiba como a Polen pode ajudá-lo a fazer parte deste movimento!
Referências:
Mini-Guia da Sustentabilidade Empresarial
Do ecodesenvolvimento ao conceito de desenvolvimento sustentável no Relatório Brundtland
Como fazer logística reversa de embalagens?
Como a logística reversa de embalagens contribui com os ODS?
Brasil perde R$ 3 bilhões ao ano por não reciclar resíduos
11 Perguntas e Respostas para entender a Logística Reversa